9. Coisas até fartar, mundo de abundância
Dizem que os desejos materiais não têm fim. Mas também pode-se dizer que têm limite.
Gostaríamos de ter como ideal, um mecanismo em que é possível obter as coisas que desejar, na hora que desejar, na quantidade que desejar, livremente e sem esforços, e fazer com que seja algo como água e ar, que são os mais necessários para a sobrevivência humana.
Mas, atualmente, as pessoas em tais condições são limitadas a um pequeno número, e parece que a maioria das pessoas não está sendo satisfeita, mesmo trabalhando os braços, as pernas e o cérebro ininterruptamente.
Sobre isto, existem diversos pontos de vista, e é impossível de conferenciar unificando os parâmetros.
Como existem disparidades enormes conforme as exigências do corpo físico e as diferenças de idéias, existem irracionalidades em elevado nível nas organizações onde para alguns vai bastante e para outros é escasso, e está sendo também a mina dos sentimentos de insatisfação.
Estas coisas se resolvem ao preparar quantidades suficientes de bens e mecanismos para qualquer um poder obter. Ou seja, vamos fazer um mecanismo em que farta quantidade de bens e oportunidade de uso livre chegue para todas as pessoas sem falta. Atualmente, existe considerável número de pessoas que pensam que poderão ser felizes se tal mundo se realizar.
As pessoas que podem ser felizes com a abundância material, são pessoas bastante favorecidas. São pessoas que já tinham corações ricos, e para estas pessoas a que só faltavam coisas materiais, pode se dizer que chegou uma felicidade realmente perfeita.
Só que, não gostaríamos de nos equivocar, tomando as satisfações momentâneas obtidas somente com coisas materiais como sendo a felicidade verdadeira.
Ao examinarmos bem, percebemos que há casos em que se pode ser feliz ao obter riquezas materiais; há ocasiões em que, diferente disso, não tem nenhuma relação uma coisa com outra, e há momentos em que se torna até presságio de infelicidade.
O que podemos pensar aí, é que ficamos sabendo que numa sociedade com a produção farta de bens materiais e a distribuição justa e posse comum dos ganhos, ainda existe uma parte vazia, que fica em falta. E ainda mais, ficamos sabendo que esta parte ocupa um espaço tão grande, que não tem comparação com a parte material.
Por mais que se possa obter livre e fartamente os bens materiais, se no mundo do coração não houver algo que satisfaz verdadeiramente, não é possível em absoluto que exista a verdadeira felicidade. E além disto, uma sociedade organizada com estas condições psicológicas em falta, não é uma verdadeira sociedade ideal.
Fazendo um mecanismo em que os bens materiais se produzam infinitamente como uma fonte de água e vão correndo naturalmente para o lugar que é mais desejado como a água corre para o lugar mais baixo, objetivamos uma sociedade onde no plano espiritual também se possa viver com estabilidade e satisfação.
Vai se tornar uma sociedade sem coisas como humilhações, resignações, sacrifícios, servidões, agradecimentos e recompensas. Os problemas de saúde, vida e emoções também ficarão claros sob as maneiras de pensar e de ser do mundo do dia, mas pretendo explanar com mais detalhes nos capítulos posteriores.